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Descrição

O espaço da cidade, com sua dinâmica contemporânea, converte-se num reflexo do mundo, onde a perfeição jamais será tão perfeita quanto a imaginamos. As fachadas azulejadas da cidade de Lisboa, com os seus pequenos azulejos que se sucedem num padrão contínuo, têm deixado, ao longo dos anos, uma herança de erros, faltas, falhas, roubos, tentativas de reparações. No final, esta herança traduz-se numa quebra do padrão e numa multiplicidade de novas linguagens. Rodrigo Vila (1980, Rio de Janeiro) tem vindo a desenvolver o seu trabalho na representação da cidade pelas suas malhas e padrões em pintura e diversas técnicas fotográficas. Na pintura utiliza técnicas similares às utilizadas nas antigas fábricas de azulejos: a pintura com estampilhas (moldes vazados, como um stencil) recriadas pelo próprio artista a partir de fotografias feitas nas ruas de Lisboa, bem como a montagem das suas telas peça a peça da mesma forma como se azuleja uma fachada. O seu corpo de trabalho chama a nossa atenção em pequenos enquadramentos que ampliam essas perdas e erros. Num primeiro olhar, os erros que apresenta parecem demasiado irreais para serem verdadeiros. Contudo, os seus últimos trabalhos, que aqui apresenta, revelam erros reais, tal como são encontrados nas fachadas dos edifícios Lisboetas. Esses erros reais focados e exacerbados pelo artista, geram padrões irregulares no que poderia ser uma imagem caleidoscópica.

Detalhes


Data: 2017
Oléo sobre tela
Exposição Galeria Espaço Caleidoscópio . Lisboa

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